A Osteopatia é uma Prática Integrativa Complementar de Saúde reconhecida pelo Ministério da Saúde que consiste na utilização de técnicas de mobilização e manipulação articular, bem como de tecidos moles. Foi criada em 1874 pelo americano Andrew Taylor Still como uma terapêutica manual de tratamento e diagnóstico, baseada na anatomia, que se contrapõe às terapias até então amplamente utilizadas pelos médicos ortodoxos e tradicionais, com o emprego de sangrias e calomelanos.
Ancorado na sua crença religiosa de que Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança, Still busca durante anos uma nova visão médica do organismo e, consequentemente, da cura. Através de anos de dissecção, ele contemplou a possibilidade de que todas as estruturas musculares, nervosas, ósseas, articulares, conjuntivas e vasculares contivessem em si a resposta para autorregulação do organismo. Cria então uma visão mecanicista do ser humano, segundo a qual a estrutura do corpo governaria a função. O retorno à saúde, portanto, seria uma decorrência da remoção das restrições impostas por entraves anatômicos que bloqueariam a plena mobilidade do organismo. A saúde podia ser vista como a liberdade do movimento corporal.
Mas Still não via o homem somente como uma máquina, defendia que o ser humano seria uma unidade tripla, composta de um corpo material, um ser espiritual e a mente. Tanto a totalidade deste ser, como sua individualidade, deveriam ser levados em conta ao tratarmos alguém.
Still funda sua primeira escola em 1892, em Kirksville, Missouri, e consegue que a Osteopatia seja aceita como profissão em 1897. Sua nova terapêutica gera um grande número de adeptos, entre eles William Garner Sutherland, que funda a Osteopatia no campo craniano. Segundo ele, seu estudo seria parte de um conhecimento maior, a Osteopatia. Começa seus estudos nessa área ainda como aluno, em 1899, mas só apresenta formalmente sua interpretação de tratamento craniano em 1940, num encontro da Sociedade Internacional dos Técnicos Sacroilíacos.
Outra figura, entre muitas que se destacam, é John Martin Littlejohn. Médico escocês, que, devido a um tratamento bem-sucedido de problemas cervicais e de garganta com Andrew Taylor Still em 1897, torna-se adepto da Osteopatia. Estuda e leciona em Kirksville durante algum tempo; mas, devido a diversos desentendimentos, rompe com Still. Anos mais tarde retorna à Europa e, em 1917, cria a British School of Osteopathy (BSO), primeira escola de Osteopatia europeia, celeiro de onde se difunde o ensino da Osteopatia pelo continente.
A chegada dos ensinamentos da Osteopatia ao Brasil acontece pelas mãos de Bernard Quef, osteopata francês que, em 1986, administra os cursos que darão início à formação dos primeiros osteopatas brasileiros.
Com informações do Instituto Brasileiro de Osteopatia